sábado, 18 de junho de 2016

A FLORESTA ENCANTADA - 2ª PARTE

"...A perereca ficou admirada e muito curiosa ouviu atentamente a narrativa do seu companheiro, isso fez com que seu coraçãozinho pulsasse a todo vapor, queria conhecer esse lugar mágico, então o sapo explicou que conseguiu um trabalho no restaurante da floresta, como cozinheiro, afinal ele tinha muita experiência, e dessa forma fez um convite especial para a perereca, a qual aceitou acompanha-lo nessa nova aventura, porém disse que também queria trabalhar, estava cansada de ficar pulando nas paredes, e isso fez com que o sapo se alegrasse, pois dessa forma teria uma companheira para dividir seus problemas e fazer uma nova família, assim, sem avisarem aos outros, eles viajaram rumo ao desconhecido. 

Enquanto isso, a besta já descansada, alimentou o corvo e os dois amigos, os quais permaneceram naquele lugar até o raiar da aurora, e logo cedo também tomaram seus rumos, livrando-se do fogo e dos perigos que por ventura pudessem aparecer no caminho, mas nem tudo aconteceu com a besta previu, porque avistou um macaco, maroto, escondido na moita, ele encarava qualquer parada, também é morador da floresta e um dia por ser peralta, subiu numa grande árvore ficando de olheiro e de longe avistou um caçador malvado, tentou avisar para a comunidade de que ali corriam perigo, prontamente eles tentaram ir para um abrigo, levando cada um os seus filhotes nas costas, mas alguns ficaram por lá, disseram que não tinham medo de nada, já os outros conseguiram fugir, atravessaram o grande mar e teve quem chegasse no estrangeiro quando ouviram vários tiros, foi estampido e um Deus nos acuda para todo lado, entretanto o chefe do bando valente por natureza, não encontrou lugar para correr, ficou enfim amoitado, bem escondido esperando a poeira abaixar e nesse momento observou um homem muito mau, devorador, e por onde ele passa destrói o que ver pela frente, é considerado um grande devastador porque ao invés de proteger a natureza, ele prefere ser o idiota animal deixando seu próprio rastro nas terras de Nosso Senhor. 
A besta Josefine soube se livrar e também conseguiu salvar alguns macaquinhos do perigo, colocou-os dentro do caçuá junto com os outros, saindo em disparada, tropeçou no caçador, derrubando-o, dando tempo dos outros macacos chegarem aos seus destinos, e assim continuaram a viagem até que um dos macaquinhos apontou para um prédio enorme, muito transparente que brilhava na luz do sol, nossa, que lindo, disseram todos ao tempo em que um enorme portão se abriu e de lá saíram várias pessoas, todas pequenas e no meio deles outro homem pequeno, montado num cavalo com esporas de ouro, suas roupas eram coloridas e na cabeça tinha uma coroa de brilhantes, os súditos fazendo reverência gritavam numa só voz, “viva o rei Babau, deixe-o passar, viva o rei Babau!” Josefine observava todos os movimentos do cavalo até que conseguiu chegar perto dele e perguntou, 

- Diga-me, onde estamos e que lugar é esse? 
- Estamos exatamente aonde o vento faz a curva e esse é o palácio de cristal do rei, construido há mais de trezentos anos respondeu calmamente o cavalo, mas Josefine não se dando por satisfeita foi mais longe nas perguntas,
- Você está levando sua majestade para algum baile à fantasia?
- Não senhora, no reino do faz de conta nos vestimos assim, não existem dias e nem noites, aqui o povo trabalha brincando uns com os outros, ninguém tem o direito de ficar triste, porém o rei soube através de um mensageiro que por detrás das verdes matas, ali adiante, apareceu um bruxo feio e malvado com pernas, então resolveu reunir todo esse exército para irmos caçar o inimigo, 
- Dentro do meu caçuá têm vários amigos meus, então, podemos acompanhar vocês? Está bem, podem, disse o cavalo, mas fique perto de mim. O exército caminhou dez léguas, e de repente o rei parou, olhou bem para o inimigo à sua frente, fez uma reflexão e falando para os soldados, ordenou, 
- Meu povo, vamos voltar, deixemos para lá esse cabra xexelento, não estão vendo, ele é um pobre coitado coxo das pernas, sujo e fedorento, sem falar que tem o corpo desconforme e está tremendo de medo, dá até pena machuca-lo, quando o danado do bruxo feio ouviu aquilo, prontamente ajoelhou-se perante o rei, pediu clemência, estava exatamente se encaminhado ao palácio, pois era um homem rico, dono de muitas terras, as quais ficavam na ladeira do escorrega lá vai um, entretanto encontrou no caminho com uma bruxa má que queria casar com ele, e como não aceitou, ela com inveja o transformou naquela figura imaginária, e você ia até o meu palácio fazer o quê!? Indagou o rei, e ainda ajoelhado respondeu o homem feio, 
- Senhor, eu soube que no palácio tem uma joia rara, sua própria filha, pois quero pedir-lhe a mão dela em casamento e é só desse jeito que eu poderei desencantar, e quando isso acontecer, retorno com ela para o meu reino e a farei a mais bela das mulheres. O rei pensou, pensou e pensou, após disse, se é como você está falando, vou leva-lo até o meu palácio, no entanto fique sabendo de que se eu descobrir alguma mentira sua, prepare-se, porque dessa vez você não escapa da minha espada. 

Josefine e seus amigos se despediram do rei e do cavalo, retornando para a antiga estrada do campo, até subirem ao topo da montanha em busca de novas aventuras."

(Escritora Mj...18/06/2016 - em Novas Aventuras)

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