quinta-feira, 16 de junho de 2016

A FLORESTA ENCANTADA - PARTE I

"Certa vez, sem internet, resolvi dar uma olhadinha lá fora, me assustei, tudo estava tão diferente e eu não me reconhecia, fazia tanto tempo que estava trancado na frente do computador, procurei ao redor, mas a minha gente tinha sumido e agora só restavam as amizades nas redes sociais, esquecendo-me de como era antigamente que sentávamos numa calçada, ou na porta de casa para conversarmos sobre a nossa comunidade, enfim, olhei ao redor, vi dois amigos perdidos na floresta, eles estavam encurralados, bem perto deles piava um corvo abandonando pela coruja, e lá tinha dois jacarés saindo da água ambos com a boca aberta para caçar a sua presa, mas o gavião o qual tinha uma voz charmosa e eloquente, passando gritou para o corvo, corre, senão eles lhe pegam! Caramba, o bafo ali estava tão quente que parecia uma caldeira ardente, pois quem chegasse perto, saía chamuscado, porém chegou a salvação para todos, pois uma besta chamada Josefine pastava despreocupada com todo aquele barulho ao seu redor, ela bebia água num alambique, de repente apurou as orelhas, correu, e quando viu a situação, se abaixou, colocou o coitado do corvo e os dois amigos dentro do caçuá e se mandou dali a galope, mais adiante, a besta ouviu vozes e resolveu parar quando alguém gritava lá embaixo, aonde o fogo queimava a lenha sem dó e nem piedade, tu não vai!
- Eu vou sim, porque tu aqui não manda na minha pessoa!

- Me obedece, eu já falei que tu não vai, aquieta o facho e aqui quem manda sou eu. 

- Claro que eu vou, repito, tu vai na frente que eu vou atrás, não tem problema!

Era o touro Arrogante, ele gostava de passear sozinho e deixava a sua companheira, a vaca Teimosia em casa, cuidando dos bezerros, porém nesse dia ela estava cansada e brava com o descaso do marido, então resolveu mostrar que também tinha o direito de passear, mas os moradores da região não se atreviam em aconselhar um e o outro porque já sabiam do gênio dos dois, e a besta continuou galopando sem se importar com o que vira e ouvira na estrada. Já cansada, resolveu parar na beira de uma lagoa para beber água, era noite e só tinha a luz da lua para iluminar o caminho, entretanto quando ela se aproximou viu dois vultos, eram o sapo e a perereca, sentados, estavam proseando, falavam sobre a água do planeta porque estava fazendo muita falta, mas o sapo era esperto e entendedor de vários assuntos e muito rápido disse para a perereca..."

(Escritora Mj em Novas Aventuras...16/06/2016)

Nenhum comentário:

Postar um comentário